segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Leve preocupação

Não me considero uma pessoa que vai muito pela cabeça dos outros, porém ouço o que eles têm a dizer e às vezes isso me faz pensar.
Nessa semana que passou, dois comentários feitos sobre mim e sobre meus posts no blog me deixaram um tanto quanto pensativo à respeito.
Primeiro comentário: “Nossa mano, ler seu blog dá vontade de se matar. Você sofre demais”. Segundo comentário: “E aí Má, o que você tem? Tenho te achado muito quieto, sempre no seu canto, no foninho de ouvido. Tá mais fechadão”. (os que fizeram os comentários sabem)
Sinceramente, eu não acho que meu blog dê vontade de se matar, mas concordo sim que ele é um tanto depressivo. Primeiro que eu o fiz justamente como forma de desabafo, seja de problemas ou de idéias. Enfim, esse primeiro comentário me fez pensar: será que estou deixando minha vida se tornar um misto de sofrimento e desabafo? Não quero isso pra mim. Talvez se a resposta for sim, isso explique o segundo comentário. Realmente, parei pra pensar e estou mais na minha, mais quieto. Não só com amigos, em casa também. Percebo que me afasto sem querer, fico só ouvindo música, pensando na vida, às vezes sem pensar em nada. Gosto de pensar que certas coisas como essas fazem parte da adolescência. Tenho 16 anos, acho que todos os adolescentes de 16 ou outras idades próximas já tiveram/têm seus momentos de reflexão, afastamento. Nunca fui desses, talvez agora esteja experimentando a sensação. Que, por sinal, não digo que é ruim. É amadurecedora, talvez não chegue a ser bom (estou a descobrir isso).
Fato é que fiquei preocupado comigo mesmo. Eu vinha pensando em fazer um post falando sobre mim, minha personalidade, meu jeito, meus gostos. Mas esse é uma prévia sobre meu estado emocional. Ando triste demais e escrevendo posts depressivos demais? Talvez, talvez.
E continua o dilema... só sei que nada sei.

domingo, 26 de setembro de 2010

Talvez pareça um diário

01:01. Novidade: solidão/paz/espaço de um quarto de hotel. Quarto escuro. Cama diferente não me incomoda. Não mais. Com o sono que estou dormiria até de pé. Mas antes preciso expressar algo em que sempre acreditei, porém hoje senti o quão intenso isso é...
Cada lugar que vamos, não importa a freqüência, nos remete e nos causa uma diferente sensação. Chamo isso de atmosfera do lugar. É preciso sentir a atmosfera do lugar, das lembranças que aquele lugar te remete. Isso é mais fácil ainda de ser percebido quando meses e meses, talvez anos, estejam entre a sensação anterior com a sensação atual que agora remete de volta àquela atmosfera. O cheiro parece mudar (talvez não seja apenas coisa da minha cabeça), o calor parece esfriar a tarde fria, os pisos da mesma cor, o mar sempre na sua rotina.
Dá pra sentir a vida diferente a cada sotaque diferente, a cada brincadeira estranha, a cada curva da estrada percorrida que, cada vez mais, me leva pra longe de casa (por um lado, que bom, por outro, nem tanto) e pra perto do mar. Hoje eu sei... não preciso disso cheio de gente, não preciso de uma festa interessante aqui pra animar. Tá tudo vazio, diferente do que estou acostumado a ver, mas eu gostei. Pra mim, só faltou meu violão e uns pingos a menos.

01:14. Post de viagem. Eu preferia estar escrevendo-o no píer, mas minha mente está lá agora.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Minha liberdade

Às vezes, me pego pensando em nós
No que acontece se estamos a sós
E nas palavras que ficam presas no ar
Nos sentimentos que eu ainda vou te mostrar

Que o vento leve isso embora daqui
E me traga de volta a vontade de sorrir
Há quem diga que a perfeição está nos olhos de quem vê
Só sei que a dona da minha liberdade não pode ser você

E não há nada que eu possa fazer
Nem as palavras podem te trazer
Hoje eu sei que não importa o que eu diga
Nada mais pode fazer de você parte da minha vida

Reviro noites à procura de respostas
Releio poesias e canções compostas
Mas não encontro nada que me faça entender
Eu só sei que eu posso viver... Seja com ou sem você!

Sem você, eu encontrei a mim
Mesmo não sendo o mesmo de antes do fim
Agora, tudo o que passou, nada foi esquecido
E o silêncio já não faz mais tanto sentido.
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Eu e Rodolfo Batista fizemos hoje na aula essa letra. Letra simples, sem revisões, com rimas AABB, mais pra aproveitar o curto momento de inspiração. Em breve vai ter melodia também. Pretendo postar mais poemas das próximas vezes, não sei...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Mais uma fase diferente...

Chegou uma fase na minha vida que, eu sinceramente acho, que sou um dos poucos que queria estar nessa fase. Digamos que tudo tenha parado um pouco. Bem, talvez não tudo, mas agora consigo ter mais paz pra organizar meus pensamentos, sentimentos. É como se eu precisasse arrumar a minha escrivaninha, só que não conseguisse devido ao fato da minha calopsita estar pulando em cima dela. Talvez agora a calopsita tenha cansado - sem saber por quanto tempo - e me dado a paz necessária pra colocar tudo em seu lugar.
Nessa fase, algumas coisas perdem a importância de forma tão grande que me sinto até melhor - sem saber por quanto tempo, porém, sejamos otimistas - para seguir em frente. Como já dito em outro post (Overcast day), tenho dado mais valor a quem me dá de volta... admirado mais essa paz que me rodeia e que eu faço questão de driblá-la. Talvez nem sempre involuntariamente. Tenho admirado mais; tenho sentido mais; tenho pensado mais; tenho sido mais racional, menos... menos... momentâneo.
Não sei. Acho que as vezes não seja necessário a gente entender como tudo funciona e nem como todos funcionam. Já é uma dificuldade enorme entender a si próprio; já é desgastante demais entender as próprias atitudes, pensamentos e sentimentos. Não somos robôs...
'Adoro as coisas simples. Elas são o último refúgio de um espírito complexo.' Oscar Wilde