domingo, 24 de março de 2013

Só um mês


E começou. Durante um ano tudo o que eu sempre quis era que começasse e que tudo aquilo que fora prometido anteriormente apenas se concretizasse. Era a ansiedade que me fazia pensar a todo momento sobre “como vai ser” e, enfim, pude ter uma ideia breve e vivenciar as antigas expectativas – agora realidade - durante um mês.
O contraditório é o que mais seduz: tanto ouvi sobre o quanto a faculdade vai abrir sua mente e reduziram minha alma a um objeto; a cada dia que passa mais se ouve sobre segregação interna e uma chuva de rótulos se intensifica. Sei lá, demora pra fazer algum sentido, mas o que seduz é o universo subcifrado que está nisso tudo. Entre um almoço e outro, um aperto de mão aqui e outro lá pouco a pouco é possível descobrir o tamanho da diversidade que nos rodeia, nos abraça e, por vezes, nos esmaga. Diante disso, o tal papo sobre “a faculdade vai abrir sua mente” passa a fazer mais sentido; entre tantas tradições seculares sendo respeitadas à risca e mais sanfonas do que guitarras pros ouvidos é que pude conhecer pessoas das mais variadas tribos, gostos, estilos de vida...
De fato, não seria exagero dizer que tudo isso assusta um pouco. Aprender tanta coisa em tão pouco tempo e tanta obsessão por aquilo que nunca foi tão “incomodado” (minha identidade) é algo novo e a sensação é de que ser algo novo é ser colocado à prova constantemente, no caso. Enfim, apesar de tanta mudança em tão pouco tempo e em meio a esse turbilhão, posso dizer que continuo tendo minhas certezas e dúvidas de sempre, sou a mesma pessoa vivenciando novas experiências e, mesmo sentindo falta de alguns “elementos” do passado, deixo que o amadurecimento que essa fase exige tome conta de mim e me dê sabedoria pra continuar me guiando da forma que deve ser.