Nunca se sabe o que há de errado, de fato. O que se sabe é
que há cada vez mais a crescente vontade de fazer o que é de sua vontade e cada
vez menos chances para isso. Talvez a vontade crescente cause essa impressão ou
talvez ele esteja mesmo se perdendo e se perder aparentava ser mais legal
antes.
Correu por algum tempo – um bom tempo – atrás daquilo que
devia te fazer feliz e viu um dos maiores clichês da vida se manifestar: “quanto
maior a expectativa maior a decepção”. Decepção? Acho que não, palavra forte
demais, mas digamos que a felicidade do rapaz tenha se limitado a 60% do
esperado. Uma decepção, para os pessimistas; um espetáculo para quem não liga e
nem nunca ligou. Porém, é claro que estamos vendo a vida do rapaz pelo lado
pessimista, pois, sendo otimista podemos ver que um caminho mais confiável
começa a se iluminar paralelamente, mesmo que ainda desconhecido e repleto de
inseguranças e incertezas; a ideia de mudança radical já encanta o suficiente.
Nunca olhar ao redor foi tão chocante. O rapaz agora espera
ver a vida de cima, não por superioridade, mas por racionalidade. Ele ainda não
sabe como fazê-lo, mas sabe que, cedo ou tarde, o fará. Já pode até sentir o
aroma marcante que essa fase tem, da mesma forma que o cheiro “pesado” remete à
eles, o “único” àqueles e o “doce”... consegue ser suave com a força arrebatadora
que nenhuma outra suavidade já conseguiu. Pensar nisso o deixa triste e,
sabe-se lá porquê, o enche de esperança. Preparação iniciada, seja o que for
pra ser.
Nenhum comentário:
Postar um comentário