E começou. Durante um ano tudo o que eu sempre quis era que
começasse e que tudo aquilo que fora prometido anteriormente apenas se concretizasse.
Era a ansiedade que me fazia pensar a todo momento sobre “como vai ser” e,
enfim, pude ter uma ideia breve e vivenciar as antigas expectativas – agora realidade
- durante um mês.
O contraditório é o que mais seduz: tanto ouvi sobre o
quanto a faculdade vai abrir sua mente e reduziram minha alma a um objeto; a
cada dia que passa mais se ouve sobre segregação interna e uma chuva de rótulos
se intensifica. Sei lá, demora pra fazer algum sentido, mas o que seduz é o
universo subcifrado que está nisso tudo. Entre um almoço e outro, um aperto de
mão aqui e outro lá pouco a pouco é possível descobrir o tamanho da diversidade
que nos rodeia, nos abraça e, por vezes, nos esmaga. Diante disso, o tal papo
sobre “a faculdade vai abrir sua mente” passa a fazer mais sentido; entre
tantas tradições seculares sendo respeitadas à risca e mais sanfonas do que
guitarras pros ouvidos é que pude conhecer pessoas das mais variadas tribos,
gostos, estilos de vida...
De fato, não seria exagero dizer que tudo isso assusta um
pouco. Aprender tanta coisa em tão pouco tempo e tanta obsessão por aquilo que nunca
foi tão “incomodado” (minha identidade) é algo novo e a sensação é de que ser
algo novo é ser colocado à prova constantemente, no caso. Enfim, apesar de
tanta mudança em tão pouco tempo e em meio a esse turbilhão, posso dizer que
continuo tendo minhas certezas e dúvidas de sempre, sou a mesma pessoa
vivenciando novas experiências e, mesmo sentindo falta de alguns “elementos” do
passado, deixo que o amadurecimento que essa fase exige tome conta de mim e me
dê sabedoria pra continuar me guiando da forma que deve ser.
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